terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Os camelôs e outros aproveitadores!




Sempre admirei a arte do camelô, que há muito me disseram ser:

A arte de vender o que não presta para quem não precisa.

Desde criança me encantava com o vendedor de um pó milagroso: que só não curava cegueira e nem dava mão à maneta e nem perna à perneta.

Já trabalhando dei de cara o o que chamei de "estampador"; Viaduto Sta Efigênia, centro de SP, o cara conseguia transferir com uma colher e um líquido milagroso as estampas das revistas para um pano ou camiseta. Cheiro de Thinner que não "sai do nariz".

Tinha a anão defeituoso que pregava botões com os pés, tocava pandeiro. Todo torto, e dizem muito rico.

Claro, tinha a turma do "tá aqui, tá lá, tá ali" ou "Dama de Espadas, Dama de Ouros" estes exploravam a ganância enquanto aqueles a ingenuidade.

Eu morria de rir ao ver o desespero do trouxa ao perceber que tinha perdido metade de um salário mínimo numa bolinha(Deixa de ser enganador, pois bolinha de papel, não fere nem causa dor...) que ele tinha certeza estava sob uma tampinha, ou fôrma de empadinha.

Mas nenhum desses me causa tanto nojo quanto o que vi ontem por conta do auxílio aos flagelados da região serrana do Rio de Janeiro.

O global Luciano Huck convocar seus quase 3 milhões de seguidores a fazer doação num site do qual tem parte societária quando sabe-se já existe um sem número de entidades recolhendo donativos.
Claro que pode não haver má fé, claro que pode ser sério mas tentar influenciar as pessoas desse jeito é asqueroso.
Pegou mal prá cacete. Prefiro os camelôs que vendem algodão por veludo... mas fazer o quê se nesse mundo tem trouxa prá tudo.